Rússia e China recomendam evacuação imediata de cidadãos de Israel

As embaixadas da Rússia e da China em Tel Aviv emitiram, em 17 de junho de 2025, um alerta oficial recomendando que seus cidadãos deixem o território israelense com urgência. A medida ocorre em meio à intensificação das tensões na região após o ataque preventivo de Israel a instalações nucleares iranianas na madrugada de 13 de junho. Segundo analistas, a presença de mais de 30 aviões–tanque norte-americanos (modelos KC‑135 e KC‑46) deslocando‑se para o Oriente Médio nas últimas 48 horas reforça a preocupação com um possível envolvimento direto dos EUA em apoio a Israel, ampliando o risco de um conflito em larga escala

Apelo de Donald Trump e situação de brasileiros na região

Na manhã do mesmo dia, o ex‑presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em suas redes sociais um apelo para que todos evacuem imediatamente Teerã, capital do Irã:

“O Irã não deve ter armas nucleares. Disse isso de novo, e de novo. Todos devem evacuar imediatamente de Teerã.”

A retórica subiu o tom diplomático, com o embaixador iraniano classificando o primeiro‑ministro israelense Benjamin Netanyahu como “vigarista” e “criminoso de guerra”, numa clara resposta à ofensiva preventiva de Israel. Por sua vez, o Itamaraty informou que uma delegação brasileira foi retirada em segurança via Jordânia, permanecendo ainda 27 políticos brasileiros no país, apesar de estar em vigor desde outubro de 2023 um alerta consular desaconselhando viagens a Israel devido ao cenário de guerra

Impactos no preço do petróleo e custo de vida no Brasil

A escalada do conflito no Oriente Médio tende a pressionar os preços internacionais do petróleo, devido ao aumento do risk premium (prêmio de risco) associado ao maior grau de instabilidade numa região que responde por cerca de 30% da produção global. Em 13 de junho de 2025, as cotações do petróleo Brent para entrega em agosto ultrapassaram US$ 78,50 por barril, maior cotação desde 28 de janeiro do mesmo ano.

Contudo, logo após a repercussão inicial do ataque e das movimentações militares, o preço do Brent recuou para US$ 72,56 em 16 de junho, subindo novamente para US$ 73,45 em 17 de junho de 2025, em Londres Essa volatilidade reflete a oscilação entre temores de escalar o conflito e expectativas de moderação diplomática.

Consequências para o Brasil

1. 
   

   Preço dos combustíveis

   O Brasil, que importa parte significativa de derivados de petróleo, verá o câmbio do dólar e o barril mais caro pressionarem a composta de preços nas refinarias locais. Para cada aumento de US$ 1,00 no barril de petróleo, estima‑se um acréscimo de R$ 0,03 a R$ 0,05 por litro na bomba, dependendo dos tributos e margens regionais.

   
   


2. 
   

   Inflação e custo de vida

   A elevação nos preços de gasolina e diesel tende a repercutir nos custos de transporte de mercadorias e insumos agrícolas, pressionando a inflação de itens essenciais, como alimentos e medicamentos.

   Setores como transporte público e transporte de carga poderão repassar parte dos custos aos consumidores, impactando diretamente o orçamento das famílias de menor renda. Em São José do Rio Pardo medida do governo local vai permitir a redução do preço do transporte público, ainda que com as consequências econômicas da guerra.

   
   


3. 
   

   Equilíbrio fiscal

   Subsídios ou reduções de tributos sobre combustíveis poderiam ser adotados pelo governo federal para mitigar o repasse ao consumidor, mas isso pressiona o orçamento público e o cumprimento de metas fiscais.

   A intensificação das hostilidades no Oriente Médio, combinada com as reações de grandes potências, pode resultar em repiques nos preços do petróleo. No Brasil, isso se traduzirá em maior custo dos combustíveis, ampliando a pressão inflacionária e elevando o custo de vida das famílias, sobretudo as de menor poder aquisitivo.