TJ-SP aposenta compulsoriamente juiz que guardava R$ 1,7 milhão no sótão de casa e era investigado por venda de sentença

Por 25 votos a 0, Peter Eckschmiedt será aposentado após ser alvo de processo de venda de sentenças. Mesmo afastado, ele recebeu em abril o salário líquido de R$ 143 mil.

Por Bruno Tavares, Rodrigo Rodrigues, TV Globo e g1 SP — São Paulo
TJ-SP aposenta compulsoriamente juiz que guardava R$ 1,7 milhão no sótão de casa e era investigado por venda de sentença Tribunal de Justiça de São Paulo — Foto: Antonio Carreta/TJSP

 O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) decidiu, por unanimidade, aposentar compulsoriamente o juiz Peter Eckschmiedt, investigado pelo Ministério Público por venda de decisões judiciais. Foram 25 votos a 0 a favor da aposentadoria compulsória.

Por meio de nota, a defesa dele disse não poder comentar o caso por estar sob sigilo.

Em agosto do ano passado, uma operação conjunta do Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) e da Polícia Militar (PM) apreendeu R$ 1,7 milhão escondidos no sótão da casa do magistrado em Jundiaí, no interior de São Paulo.


O envolvimento do juiz com venda de decisões judiciais surgiu durante uma investigação conduzida pela Delegacia de Roubo a Bancos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Um banco alertou os investigadores de que golpistas tinham apresentado na agência uma falsa procuração para sacar dinheiro de uma idosa.

O caso chegou à Corregedoria do TJ, que verificou um total de três execuções judiciais fraudulentas. A apuração disciplinar revelou a participação do juiz, que foi afastado.

A aposentadoria compulsória de um juiz é a pena mais grave que pode ser aplicada a um magistrado. Mesmo estando afastado do cargo desde o ano passado, em razão das investigações do caso, o juiz continuava recebendo salário do TJ-SP.


O último salário líquido dele, no mês de abril, foi de R$ 143 mil, segundo o site de transparência do tribunal.

Daqui para frente, Peter receberá vencimentos proporcionais ao tempo de serviço no estado.

O que diz a defesa do juiz

Por meio de nota, o advogado Paulo Herschander, que defende do juiz Peter Eckschmiedt disse que não poder comentar o caso.

“Não posso tratar sobre esse processo, já que está sob sigilo de justiça. O órgão especial do TJ inclusive renovou a decisão de sigilo dos autos”, afirmou.

Via G1




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