A Palavra de Deus nos apresenta inúmeras promessas. 

As promessas de Deus encorajam, porém, na sociedade atual, caminhamos a passos largos rumo à desconfiança generalizada. 

Aprendemos desde cedo a não confiar em ninguém além de nós mesmos, buscando conhecimento unicamente através da nossa própria experiência, mas essa atitude tem gerado ansiedade, depressão e desânimo. 

Promessas são frequentemente proferidas sem o firme propósito de serem cumpridas, e a palavra de um indivíduo raramente serve como garantia. A mentira parece ter se tornado a norma em grande parte da sociedade, e o mundo se mostra repleto de indivíduos desonestos. No meio da confusão e tumulto que a mentira sempre traz, as pessoas estão à procura de algo que elas possam confiar, algo em que possam depositar suas vidas. Em quem podemos realmente acreditar? Diante disso, a única pessoa que se pode confiar sem reservas é Deus, revelado nas Escrituras Sagradas na pessoa de Jesus Cristo. 

Recebemos por parte do Senhor uma promessa encorajadora, que é a promessa da salvação, pela graça e misericórdias divinas, mediante a fé em Jesus Cristo. 

A Promessa da Salvação é uma promessa encorajadora porque é feita pelo próprio Deus. Voltemos os olhos para Abraão por um momento. Deus lhe fez uma promessa maravilhosa e a reforçou com um juramento feito pelo maior nome ao qual poderia jurar, o seu próprio nome! 

E qual foi essa promessa? Ela encontra-se registrada em Gênesis 22.16-17 que nos diz: “e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho, que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos. A promessa registrada foi que Abraão seria abençoado e que teria muitos descendentes. 

Humanamente falando, parecia impossível que tal promessa fosse cumprida, pois sua esposa Sara era estéril e seu primeiro filho Ismael, fruto de um relacionamento de Abraão e Hagar, serva de Sarah, esposa do patriarca, havia sido rejeitado por Deus.  

Apesar disso, Abraão creu na promessa e continuou crendo. Sua confiança teve seus altos e baixos, mas continuou sendo um homem de Deus, crendo sempre e nunca se afastando dele. Finalmente, Isaque, o filho da promessa nasceu, mas esse não foi o fim das provações de Abraão. 

Deus pediu que oferecesse seu filho em sacrifício. Contudo, Abraão continuou crendo, seguindo, adorando, amando e obedecendo a Deus. Indo, pela fé até o Monte Moriá, sacrificar Isaque, o filho da promessa, no último instante, Isaque foi poupado e, de modo figurativo, Abraão o recebeu de volta da morte. 

Isaque, por sua vez gerou Esaú e Jacó e com isso a promessa está prestes a se cumprir. Um cumprimento físico, pois em Jacó, Abraão se torna pai do povo Judeu e pai espiritual dos crentes em Cristo. 

A maior característica de Abraão foi a fé, pelo fato de que ele creu na promessa e sua crença permaneceu inabalável, apesar dos momentos em tudo parecia colaborar para a ruína da sua fé. 

Ele suportou com paciência, pois é assim que uma pessoa recebe o que foi prometido por Deus. 

Quando confiamos na promessa feita por Deus, conforme a Escritura, a aguardamos com paciência.  

Abraão perseverou, pois, a promessa era confiável. Deus destacou a firmeza da promessa mediante um juramento, sabendo que entre os homens um juramento coloca uma aliança além de qualquer disputa. 

Assim, Deus empenhou sua autoridade e integridade, enfatizando a veracidade de suas palavras. 

Quando uma promessa é tão segura, é possível suportar com paciência, sabendo que, haja o que houver, ela será cumprida. 

E foi assim que Abraão perseverou em sua fé. Afinal de contas, que fez a promessa a ele, jamais deixaria de cumpri-la. 

Que possamos viver com paciência e aprender as virtudes da paciência que advém da fé em Deus, num mundo de constante estresse e desespero.  

Deus não pode mentir. Tal fato deveria ser um grande conforto para nós Não há dúvida que Deus é verdadeiro em suas palavras: aqueles que se voltam para o Salvador em busca de refúgio podem contar com uma esperança certa e segura. 

Deus, quando jura por si mesmo, prova que, absolutamente, nada pode modificar a sua palavra empenhada. Ainda antes que houvesse dia, eu era; e nenhum há que possa livrar alguém das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá? (Is.43.13). 

Esse é o caráter daquele que nos fez a gloriosa promessa de salvação. Deus deu a Abraão a segurança de sua pessoa, seu Proposito, e Sua promessa. 

Todos estes atributos, Ele também dá a todos os que creem em Cristo.

As promessas de Deus encorajam, porém, na sociedade atual, caminhamos a passos largos rumo à desconfiança generalizada. 

Em quem podemos realmente acreditar?  Podemos, de fato, confiar plenamente em Deus e em Seu Filho, nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o guarda de nossas almas. 

Essa certeza é uma excelente razão para abraçar a salvação em sua totalidade e desfrutar de sua segurança inabalável. 

Rev. Jônatas Outeiro, pastor da Igreja Presbiteriana de Mococa. Rua Visconde de Rio Branco, 997, Mococa. (19) 3656 6074.

Publicado na edição 1873 de 24 de maio de 2025 do jornal DEMOCRATA