Conselho de Administração do IMP não envia lista tríplice para substituição de diretor afastado

Em decisão recente, o Conselho Administrativo do IMP, em uma manobra atribuída ao conselheiro vitalício Hélio Escudero, evitou a substituição de Fabiano Boaro de Souza, mesmo este estando afastado de suas funções por decisão judicial em ação civil pública — fato já noticiado pelo DEMOCRATA (relembre clicando AQUI).
Atendendo à solicitação do prefeito, o Conselho foi convocado para apresentar uma lista tríplice com nomes para a escolha de um novo Diretor Executivo. No entanto, a proposta foi rejeitada por votação apertada: 11 votos contra 10.
Diante do afastamento judicial do diretor executivo — que inclui decisões que teriam favorecido ilegalmente o próprio conselheiro Escudero —, o cargo passou a ser ocupado interinamente por Carlos Eduardo Ventura Mustafé, indicado pelo prefeito.
O Conselho entendeu que só encaminhará uma lista tríplice ao prefeito caso Fabiano Boaro de Souza venha a ser condenado na ação civil pública, com o desligamento confirmado judicialmente. O prefeito, por sua vez, entende agora que cabe ao Conselho elaborar a lista e enviá-la ao chefe do Executivo, que escolherá o novo diretor entre os indicados.
A ação civil pública tramita sob segredo de justiça, o que dificulta o acompanhamento dos desdobramentos e a transparência dos fatos — mesmo tratando-se de matéria de evidente interesse público.
Chama atenção o poder de influência que alguns conselheiros vitalícios parecem exercer. Duas perguntas ficam no ar: até onde a gestão do IMP seguirá desafiando o Estado Democrático de Direito e suas instituições? Ou será que existe, afinal, alguma “família real” na direção do IMP?
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